quinta-feira, março 05, 2015

Leves devaneios de uma mente interiorana...



Quem diria que o mancebo um dia, teria as letras.

- Para que? - uns perguntavam.
- Hoje aprende, amanhã terá a audácia de querer ensinar! - outros esbravejavam.

Ele muito contente, andava sorridente com um ar semelhante à paixão, não olhava mais para o chão, nem se tropeçasse.

- Que tolice! - comentavam as donas de casa quais almejavam o mesmo aprendizado.

- De que lhe servirão as letras burro mancebo... Vá logo ao trabalho! Não fique gastando as pontas do baralho tentando aprender os números, estes também não lhe servirão.

Mas o mancebo nada ouvia, só cantava poesia depois que aprendera a rima...
Rima, que rima com prima,
Não por coincidência,
Pois com certa frequência, de letras repetidas
Seria impossível não dar verso,
Que rima com converso, pela mesma razão,
Uma palavra dentro de outra buscando a melhor conexão...

Já chega! Mancebo charope!
Percebemos que deixaste a linguagem fática e a cara apática.
Agora vá, vá incomodar pra lá...

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